Quem foi ao Chevrolet Hall neste sábado, 30, esperando um show com apenas as músicas novas do Leonardo, foi surpreendido. Não estou dizendo que o público não imaginava que o sertanejo cantaria um sucesso ou outro do início de sua carreira com o Leandro, mas acontece que ele foi além. Boa parte do show, que durou aproximadamente 1h e 45 min, foi dedicada às músicas que marcaram época e seguem vivas na memória dos fãs do sertanejo da década de 90. As músicas novas também estiveram presentes e estavam na ponta da língua do público, que se mostrou afinado com a carreira de Leonardo e cantou o tempo inteiro ao lado dele. A apresentação toda foi muita bonita, com destaque para o jogo de luzes com telões de iluminação independentes no palco e também para a belíssima apresentação do balé do cantor. As bailarinas participaram em grande parte das músicas, interagindo com Leonardo nas coreografias e até cantaram para “segurar” a troca de roupa do sertanejo. No entanto, o destaque mesmo ficou para a emoção de Leonardo antes de cantar a faixa “Eu juro”. Ele lembrou dos “muitos dias e milhares de noites” necessárias para conseguir fazer seu primeiro show em Belo Horizonte, citou o tempo em que trabalhava na plantação de tomates com o irmão e se emocionou muito ao lembrar os 25 anos de carreira – em 1986, Leandro e Leonardo lançavam seu primeiro disco de sucesso, depois de três anos de luta em uma carreira independente. Outra coisa que me chamou a atenção foi o público, que tinha jovens, muito jovens, adultos que curtiram o auge de Leandro e Leonardo na década de 90 e senhoras até com mais de 80 anos. Aliás, é aí que faço minha crítica. O Chevrolet Hall precisa se preparar para receber as pessoas mais idosas! Com as mesas ocupando 90% da pista, quem não teve condições de comprar um lugar lá teve que se contentar com as arquibancadas e é aí que está o problema. Como muitos fãs chegaram mais cedo, os senhores e senhoras de idade que chegaram depois de 21h30 (o show estava marcado para começar às 22h30) tiveram que subir as escadas para sentar no alto das arquibancadas e a casa peca na falta de segurança neste setor. Apesar dos degraus altos, não existe nenhum tipo de corrimão para ajudar as pessoas com mais dificuldade a subir e, pelo que vi, nenhum funcionário da casa foi designado para auxiliar o público de idosos nesta tarefa. Fica o toque! Precisamos pensar melhor este tipo de coisa em shows como este, onde senhores(as) mais velhos são esperados. Pra fechar, escutei um comentário que achei ótimo na saída. Duas adolescentes reclamavam que “faltou muita música”. Sinceramente, acho que deve ter faltado uma ou duas das novas, mas o passeio pelos anos 90 valeu muito mais a pena. Excelente
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