domingo, 24 de janeiro de 2016

Leonardo e Eduardo Costa: a dor de cotovelo nunca sairá de moda enquanto houver música sertaneja


Leonardo interpretou clássicas do sertanejo e brega com Eduardo Costa no show Cabaré, em Florianópolis

Leonardo e Eduardo Costa: a dor de cotovelo nunca sairá de moda enquanto houver música sertaneja Carol Macário/Agência RBS
Foto: Carol Macário / Agência RBS
"Quando a gente ama tanta coisa serve para relembrar..." Até pode ser que o sertanejo não seja o seu gênero musical favorito, mas não existe melhor estilo para expressar as dores de amor. Todo mundo em algum momento da vida já passou por uma desilusão amorosa, não importa a idade e a cultura. E parece que a música é o melhor remédio para depurar a dor. Em Cabaré, show que tem feito sucesso em todo o Brasil, os cantores Leonardo e Eduardo Costa relembraram os maiores clássicos da dor de cotovelo em apresentação que reuniu cerca de 6 mil pessoas no Centrosul, emFlorianópolis, na madrugada de domingo (24). 

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Amigos de longa data e ambos com carreira solo consolidada, eles apostaram na parceria nos palcos para interpretar canções famosas nos anos 1980 e 1990, aqueles sucessos de rádio AM que continuam na memória afetiva de todos. O show começou por volta da uma 1h da madrugada. Eles interpretaram sucessos de Waldick Soriano,Reginaldo Rossi, Amado Batista e Trio Parada Dura e, o mais interessante: as canções estavam na boca de pessoas de gerações muito diferentes.
Foto: Carol Macário / Agência RBS
- De todos os gêneros com os quais trabalhamos, os músicos sertanejos são os que despertam mais paixão dos fãs - contou uma das produtoras do show para justificar o assédio feminino próximo ao camarim dos músicos.
Mais que isso. Em tempos em que o sertanejo universitário deixou de cantar as dores de amor para celebrar a liberdade e a ¿pegação¿, contemplar a fossa passa a ser até cool. Não à toa, os ingressos mais caros do show – o primeiro lote para mesas na frente do palco, no valor de R$ 1.600 – esgotaram em três horas quando abriram as vendas em outubro do ano passado.
Bruna Mikaella Ribeiro, 30, mora em Brusque e é tão fã de Leonardo que descobriu o hotel em que ele estava hospedado e viajou até lá esperando uma oportunidade de encontrá-lo. E conseguiu.
_ Aos cinco anos de idade eu brincava de cantar e só músicas dele. Quando tinha nove, minha mãe me levou ao primeiro show _ contou.
Bruna serve de exemplo para grande parte do público presente: jovens de 20 e poucos anos cantando de cor letras que os pais e os avós também cantavam na juventude e cujo gosto acabou influenciando-os.
DESBOCADOS
Leonardo é o típico bagaceiro assumido. Engraçado, despachado e sem um pingo de vergonha, no bom e mau sentidos, conta piadas no meio do show com o sotaque goiano ainda evidente. Eduardo Costa o acompanha em igual tom, com um quê a mais de canastrão. Ele tem os trejeitos dos ídolos dos anos 1990, a passadinha de mão no cabelo, olhares e thauzinhos para as fãs. As piadas pecam pelo machismo ainda tão enraizado na cultura brasileira.
O cenário do show é impecável e remete aos cabarés de luxo franceses, com vermelhos, luzes e capitonês. Claro, mulheres em roupas sensualíssimas dançando. A plateia, ao contrário, não tinha nenhum senso estético, com cadeiras de plástico e o bar e seus lixos de latas e bebidas à vista no lado esquerdo do palco.  
Foto: Carol Macário / Agência RBS

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