domingo, 8 de setembro de 2019

Com palco hi-tech e três horas de show, sertanejos de Amigos lotam estádio



© Reprodução Allianz Parque/Veja SP Luciano, Xororó, Zezé di Camargo, Chitãozinho e Leonardo: o retorno dos Amigos
Já se passaram vinte anos da última vez que Chitãozinho & Xororó, Zezé di Camargo & Luciano e Leonardo apresentaram-se juntos em seu especial Amigos, televisionado pela Rede Globo. Durante este período, os fãs precisaram se contentar com reencontros parciais que Chitãozinho e Xororó promoviam em seus DVDs, em raras ocasiões, mas nada comparado à reunião completa que rolou neste sábado (7), no Allianz Parque.
Com ingressos esgotados, o quinteto subiu ao palco com um ligeiro atraso (que não chegou a dez minutos). A canção de abertura, Disparada, a mesma usada para abrir o especial de 1995, foi uma das poucas menções ao programa televisivo comandado pelo grupo.
A partir dai, os sertanejos enfileiraram uma seleção de hits acompanhados com grande animação pela plateia. Para não deixar nada de fora, “medleys” uniram em uma tacada só hinos a exemplo de SinônimosPense em mim É o Amor. Outra boa tradição mantida do programa original eram as colaborações entre as duplas e Leonardo. Páginas de Amigos, Não Aprendi a Dizer Adeus, Você Vai Ver ganharam ares de novidade nesse esquema. Também apareceu na apresentação o maestro João Carlos Martins, para uma bonita versão de Fio de Cabelo.
Talvez pela preocupação com a qualidade técnica da apresentação (que será exibida na Rede Globo no dia 18 de dezembro) ou pelo setlist longo (foram quase quarenta canções) o time mal conversou com o público. Salvo alguns momentos, a conversa ali era mais dedicada aos colegas de palco. Ganhou um destaque especial a faixa Alô que Zezé di Camargo revelou ter sentido uma “inveja branca” de Chitãozinho & Xororó ao ouvi-la pela primeira vez. A vontade de gravar foi tanta que os donos do hit Evidências convidaram os filhos de Francisco para apresentá-la em um DVD.
Por falar em Evidências, a canção foi (como era de se esperar) um dos pontos altos da noite. Mas não brilhou solo. Sucessos como Pão de Mel, Brincar de Ser FelizTemporal de Amor foram cantadas com a mesma efusividade pela plateia nostálgica. Não Olhe Assim, Galopeira, Pra Não Pensar em Você, Um SonhadorBrincar de Ser Feliz e Toma Juízo também tiveram seus momentos de glória na plateia afiada que mostrou conhecer a história do quinteto.
Os únicos a aventurar-se em faixas mais recentes foram Zezé e Luciano que tocaram músicas como Sonho de Amor e Flores Em Vida, que passaram a fazer parte do repertório da dupla já nesta década. Os mais fervorosos, no entanto, podem ter se ressentido com a troca que poderia ter dado lugar a outros sucessos que ficaram de fora, caso de Dou a Vida por um BeijoCoração Está em Pedaços Pior é te Perder, mais alinhadas ao tom nostálgico da apresentação.
Para além da maratona de canções, os cinco sertanejos (vestindo ternos pretos e camisa branca) corriam em um grandioso palco de contornos hi-tech. Chuva de papel picado, fogos de artifício, dançarinos e plataformas com elevação eletrônica deram uma cara “pop” ao cancioneiro do sertão. A apresentação não usou as músicas para lá de famosas como muleta para encantar os fãs que já sabiam o que iriam ouvir. Houve um esforço em ensaio e tecnologia para que o evento ganhasse ares de espetáculo inédito. Funcionou.
Com exceção de Chitãozinho e Xororó, os outros demonstraram certa dificuldade em conseguir atingir as mesmas notas que eram capazes em 1990. Pareceu faltar fôlego em alguns momentos, mas novos arranjos e trocas de bastão com a plateia resolveram a questão sem comprometer o show.
A emoção ficou por conta da canção Mano, uma homenagem a Leandro, irmão e parceiro de estrada de Leonardo, morto em 1998, em decorrência de um câncer. No momento em que a música foi tocada, imagens do cantor apareceram em um telão e foram muito aplaudidas. O pai de Zé Felipe não ficou desamparado: a segunda voz das canções foi assumida hora por Chitãzinho, hora por Luciano. Em alguns casos, ele subiu sozinho ao palco. Brincalhão, levantou a turma com Cumade e Cumpadi.
Ainda houve espaço para lançar uma música assinada pelo quinteto: chama-se Única e foi apresentada pela segunda vez em São Paulo. Veja o videoclipe:
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A apresentação ainda deve passar pela capital paulista, e o mesmo Allianz Parque em 2020. Já tem data definida: 8 de agosto de 2020. Leonardo disse que seria o encerramento da turnê, Zezé discordou e corrigiu afirmando ser um retorno à cidade. Se depender da animação de quem assistia e da qualidade da apresentação, haverá quórum para outros tantos reencontros do tipo

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